There will come the day when your songs will not make me cry anymore :) :)
The thoughts of Gusty
I write. I write because it gives me that little tingle in my temples... It allows me to rest my mind and move away from dark places... It has the same effect, more or less, of a scream... Screaming is, rather, a noisy irrational and more powerful way of writing... Sometimes writing will make me embrace sollitude more extensively... It allows me to bask in a state of quiet desolation in a more calm and copious manner... I write...
Saturday, November 06, 2010
Friday, October 08, 2010
The world will only truly be lost when:
Twelve-year-olds are sex simbols;
Teenagers spend 6 hours a day playing Farmville;
You support your team by getting 3000 friends to blow very hard on plastic horns of ear-drum death for 90 minutes;
Till these things happen, there's nothing to worry about :)
Monday, October 04, 2010
Eu podia perder-me nos teus olhos, e duvido que de lá procurasse uma saída. Será uma realização ou uma perdição? Pergunta totalmente inútil, pois aquele que a responder não será ouvido;
E as nossas inseguranças sempre persistem, tentando responder a perguntas que não foram perguntadas. E se tiverem que persistir, que ao menos o façam onde não nos roubem tempo, pois o tempo é escasso e não admite que se cometam indecisões sob o seu olhar aústero.....
Ninguem vai viver feliz para sempre! Vamos tocar-nos em silêncio...
Acabemos com este sórdido poema de amor....
Wednesday, September 29, 2010
Pensamentos de um português intelectualmente frustrado
Há dois tipos de patriota, e odeiam-se mutuamente...
Um deles prostra-se frente uma bandeira e ali fica com um brilho cego nos olhos, desconhecendo qualquer outra verdade, ignorando o estado de conservação da dita bandeira...
O outro tira a bandeira da haste, para entre gritos e zombaria tentar limpa-la com as mãos, sozinho se for preciso...
Uma bandeira merece os calos nos meus joelhos? Merece as minhas mãos feitas em carne de tanto esfregar?
Não sei... mas sei que os Portugueses foram gloriosos por terem abandonado Portugal, por serem cidadãos mundo fora e por terem dado novos mundos ao mundo... Será que para o Bom Português, o mais ilustre sangue lusitano, aventureiro e corajoso, o que navegou mares nunca antes navegados, Pátria não passa de um distante motivo de Saudade? Se saudade é uma palavra somente portuguesa... Aquele que abandona a pátria é bom ou mau Português??
Haverá 3 tipos de patriotas?
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“My country is the world, and my religion is to do good.”
Thomas Paine
Tuesday, September 28, 2010
Eu sou caloiro... e a minha existência por si só é uma afronta a Deus e aos anjinhos. O Senhor quando me criou, foi como que para demonstrar uma síntese de tudo o que não gostaria de ver na sua criação. O caloiro, na sua irritante teimosia em existir, é como uma caixa de Pandora em formato vivo (com a diferença que nem Pandora nem ninguém, por mais curioso que fosse, gostaria sequer de tocar num caloiro com um pau, quanto mais abri-lo)
Eu sou caloiro.Sou acéfalo, esponjoso e feio. Arrasto-me pateticamente pelos belos corredores do ISCSP, onde os humanos, com a sua infinita humanidade, toleram relutantemente a minha presença, pedindo apenas que fique calado e que não os olhe com os meus mal-feitos e estúpidos olhos de caloiro... e na minha opinião já toleram muito... Mas por outro lado, eu sou caloiro, e a minha opinião é nada mais que um zurro sem melodia...
Eu sou caloiro. O meu cheiro é afrontoso, a minha postura é a de uma lesma idosa, e o meu cérebro é um pântano de estupidez com apenas dois neurónios. Os meus dois neurónios servem, apenas e exclusivamente, para agarrar as minhas longas e ridículas orelhas de caloiro, para que estas não me caiam. Eu não penso, e logo também não falo; E ainda bem, porque se pensasse ou falasse só sairia merda, e mereceria levar um enxerto de porrada, ou ser obrigado a encher até morrer, ou posto á frente de um carro (nada que eu não mereça já, portanto...). Considero-me já muito sortudo pelo meu amórfico e pouco atraente corpo não ser esmagado como um verme pelo peso da minha caloirice e asquerosa condição.
Eu sou caloiro. Sou um reles e miserável bicho que se revelou desde logo enfuriantemente inútil como besta de carga ou como meio de locomoção. Nem para o talho sirvo porque ninguém no seu perfeito juízo comer-me-ia... A única contribuição que eu posso dar ao mundo é servir como escravo dos meus doutores, ser achincalhado e vituperiado pelos mesmos, ser tratado abaixo de cu-de-cobra em nome da sua diversão. Para mim, andar na magnífica sombra de um doutor é por si só a maior glória que eu podia ambicionar.
Eu sou caloiro. O único ser que merece mais desprezo q eu é, também ele, um caloiro. Eu posso vir a morrer de torpeza e fealdade apenas, pois sou muito fraco, e não aguento ser assim tão torpe e feio como sou. A minha capacidade académica é uma cruel piada. A minha higiene pessoal é uma improvável fantasia. Os meus modos à mesa são de fugir...Será que alguma vez vou ser mais que um execrável caloiro? No meio deste pensamento, fumo sai-me pela escalpe, sangue pelo nariz, e uma das minhas orelhas cai com o esforço...
Eu sou caloiro. Vários cientistas (entre eles Darwin, Freud e Einstein) tentaram estudar o caloiro. Como evoluiu esta triste espécie? Se não pensa nem sente, o que é que há naquele pantanal acefalino? Como e que um ser com tão fraco corpo e mente pode sequer existir? Todos os seus estudos foram inconclusivos, pois não obstante as suas brilhantes mentes científicas, nenhum deles conseguiu se submeter ao calvário de dar assim tanta atenção a tão insuportável criatura como é o caloiro
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Eu sou doutor, e vocês, caloiros, estão todos fodidos...
Monday, May 17, 2010
O amor é como um tango. É uma dança altamente erótica, dificílima de dançar…
Uma dança repleta de suspiros, respirações ofegantes, corações em desassossego e suores que escorrem languidamente pelos corpos trementes; Toques suavíssimos com mãos sedentas de afecto, que não deixam de transparecer a sua sede. O resultado? Movimentos bruscos. E que bela brusquidão! Tão repentina e inesperada, mais bela que qualquer obra de arte. O amor é o êxtase por trás do movimento abstracto, por mais ínfimo que seja. O amor é a aura por trás da mais simples carícia. Uma carícia, um desviar de olhos, um beijo… são passos de dança…
O amor é como um tango. É uma dança imprevisível, mas dançada sempre ao som doce das cordas, também elas tremendo com os movimentos bruscos ou suaves das varetas que nelas dançam. O amor é aquela dança que exige uma música lamentante, mas jamais taciturna. Aquela dualidade emotiva de notas longas e notas curtas. Aquele balanço minucioso entre passos previamente combinados entre duas pessoas, e manifestações primais de pura e desinibida emoção! Sem a paixão ardente o amor é uma dança mecânica e plástica. Sem sensibilidade e coordenação, é um poço de fogosos azares, onde alguém faz o outro tropeçar… e todos caem; todos se queimam. Todos ardem…
O amor é como um tango. As ancas coladas, os ombros numa posição irreal, os olhos eternamente se encarando e os lábios quase se tocando, mas sempre fugindo da tentação, com medo… Uma dança de sensualidade provocante e uma frustração para os fracos dos dois pés direitos. Uma dança considerada “de bordel” em épocas mais “virtuosas”….
O amor é como um tango. Uma dança semi-obscura que todos querem tentar dançar. Alguns pisam aqueles com quem dançam. Alguns não sentem o aperto ou separação dos corpos com a devida intensidade. Alguns cansam-se de dançar, acham uma perda de tempo e procuram danças mais simples para se entreterem, sozinhos ou não, até a lua se aposentar. Mas, sem duvida, a lua incide mais luminosa sobre os que dançam melhor o amor, e aqueles que o fazem, quer se venham a cansar e a tombar suados e exaustos sobre o chão lado a lado ou não, terão sempre as melhores e mais bem iluminadas memorias. As ancas coladas, os ombros numa posição irreal, os lábios sempre fugindo da tentação e os olhos nos olhos, quiçá com um brilho maior que os dos outros…