Lloret de Mar recebeu, em março de 2007, os finalistas portugueses de 2007... e o Je!!!
Não me lembro da verdadeira razão porque decidi "este ano vou para Lloret de Mar". Talvez porque fiz amigos, talvez porque precisava de experiencias emocionantes e novas, mas provavelmente porque, como sabem, sou parvo e um tanto compulsivo. Quando disse que ia, puseram todos uma cara de "que rica ideia", mas la fui eu, como sempre a concretizar uma ideia que logo a partida não é muito boa.
Lloret pode ser considerada "o mais lindo dos pesadelos".... uma terra inicialmente humilde entregue ao pecado e aos leões (nós!), onde todas as sensações são levadas ao absoluto. Em Lloret o unico objectivo é a perdição através da festa, e apenas os dignos conseguem alcançar esse climax de sensações. É ali que se separa aqueles que vão crescer e perder a essencia (aquilo que o Kurt Cobain baptizou de "teen spirit") e os que ficarão eternamente jovens.
É difícil de explicar o que é Lloret. Ha momentos em que não se quer estar ali, mas tambem não se quer ir embora. O ambiente é instavel e inquieto, mas esta-se na paz. Lloret pode ser, para muitos, uma vila enquadrada em Girona. Pode ser uma estancia turística. Pode ate ser, para os que não gostaram, não estavam preparados, ou perderam a moral, um antro de pecado e auto-destruição (assim com um bocadinho de exagero) ou apenas um sítio que assusta.
Mas para mim Lloret é uma sensação. Uma sensação de liberdade, euforia, paz, e felicidade. É uma moca constante e inexplicavel. É uma semana em que os dias e as noites não começam nem acabam, mas simplesmente se entrelaçam. É uma noite de shots de borla, 3 discotecas e folia num quarto(ou dois) . É uma greve de sono dedicada, que acaba depois do pekeno almoço sem qualquer tipo de rodeio. É conhecer grupos e grupos de gente de todo o lado ao gritar pela janela. É sentir fome, frio, cansaço e dores de cabeça e mesmo assim querer continuar. É ser empurrado para fora de uma discoteca e ir passear na praia, a teimar contra o cansaço. É deitar abaixo um jarro de sangria, regatear com um monhé, comer um hamburguer às 3 e meia da manha, roubar meia duzia de sinais de obras, ou simplesmente ficar horas e horas a morrer num quarto com os amigos.
Sim, de facto, Lloret não é uma terra, nem uma estancia. Lloret é um "Limbo", onde o tempo para e tudo torna-se parte da sensação. A sensação Lloret...
Houve muita gente a quem fez (e ainda deve fazer) confusão a minha ida a Lloret. Afinal, eu não sou finalista, e estaria desde o principio marcado, e sabia disso. Então porque é que foste, caraças!?... ainda não sei. Foi um vaipe de varios meses. Mas sobrevivi, e aqui estou de boa saude fisica e psicológica (exceptuando uma profunda saudade) pronto para continuar a minha vida de estudante e de adolescente(Pelo menos a de adolescente. O estudante ainda não) . Após dois dias de descanso, ate posso olhar para o ceu e dizer para mim proprio........
"Quero mais"

Gusty AKA Falcão